Neste artigo você vai entender o que tem acontecido com muitos consumidores brasileiros ao adquirirem uma hospedagem em Hotéis “All Inclusive”, e como resolver os problemas por meio do Direito.
Escute este artigo!
Os pacotes de Hotéis “tudo incluso” (ou em inglês, “All Inclusive”) se tornaram sensação em redes sociais e estão conquistando muitos consumidores brasileiros.
A ideia é pagar por uma acomodação, e receber alimentação, bebidas, e às vezes até passeios, tudo incluso em apenas um preço, trazendo comodidade e vantagem financeira ao consumidor.
Mas nem tudo são flores…
Atualmente, o site Reclame Aqui conta com diversas reclamações de consumidores que caíram em propagandas enganosas, ou que foram pressionados para comprar pacotes de hotéis all inclusive.
Se esse é o seu caso, confira abaixo os seus direitos!
Esquemas de marketing agressivo para enganar o consumidor
Algumas empresas de hotéis têm adotado práticas agressivas de marketing para vender seus pacotes “all inclusive”, e muitos consumidores acabam sendo enganados.
Os relatos dos consumidores seguem o mesmo padrão: o consumidor é convidado para ter uma conversa sobre oportunidades e viagens, um time comercial chega para bombardear com muitas informações, dizem que será o melhor negócio que você já fez na sua vida, e aí que as estratégias de marketing abusivo começam.
Dizem que se você não fechar o pagamento agora a oferta não estará mais disponível, que nunca mais vai achar uma proposta igual, apenas ressaltando os pontos positivos, sem deixar ler o contrato direito, não dando tempo para o consumidor refletir e ponderar.
O consumidor sai de lá atordoado pela quantidade massiva de informações e pela pressão para fechar o pacote, com o contrato assinado, valores pagos, e cheio de falsas promessas.
Muitos consumidores chegam a viajar para hotéis de baixíssima qualidade, nada parecido com o prometido, e têm experiências muito frustrantes.
Outros depois de um tempo percebem que caíram numa falácia e tentam cancelar o contrato.
Todos eles tentam resolver o problema pedindo o dinheiro de volta, mas quase nunca têm sucesso.
Eu passei por isso, quais são os meus direitos?
Se você passou por essa situação, provavelmente solicitou o seu dinheiro de volta, e eles negaram sob o argumento de que você já assinou o contrato e não tem volta.
Por isso, antes de tudo, você precisa entender que fazer propaganda enganosa, induzir em erro o consumidor, pressionar ou assediar para a compra são práticas proibidas no Direito brasileiro!
Ou seja, você pode sim ter assinado o contrato, mas isso não significa que as cláusulas abusivas não possam ser questionadas.
Isso porque essas práticas abusivas são ilegais e causam danos ao consumidor, logo, você terá direito a receber indenização pelos prejuízos financeiros que sofreu.
E muito provavelmente você também receberá uma indenização por danos morais, pelos transtornos e por ter sido enganado, ludibriado e passado para trás, situações que com certeza causam abalo psicológico.
Então, o melhor a se fazer nesse caso é entrar em contato com um advogado para que ele ajuíze uma ação contra a empresa.
Existem alguns problemas mais simples em que você pode entrar sem advogado no Juizado Especial, mas alertamos que este não é o caso!
Lembre-se que do outro lado com certeza terá um advogado defendendo os direitos da empresa.
Além disso, o advogado saberá avaliar quais são as cláusulas contratuais abusivas, pleitear pela anulação do contrato, confrontar a ilegalidade com leis e julgados, e te ajudar a colher as provas necessárias para lutar pelos seus direitos!
Anular um contrato é uma tarefa jurídica mais complexa, que pode demandar um especialista na área.
Propaganda enganosa
Um outro problema muito comum em hotéis e cruzeiros All Inclusive é a propaganda enganosa ou a falta de informação clara.
Mesmo que você leia tudo o que está escrito no site, você chega lá e percebe que as coisas são muito diferentes do esperado.
Acomodações com defeitos estruturais, de baixa qualidade, vazamentos, problemas mecânicos, mofo, falhas que colocam em risco a própria saúde do consumidor, etc.
Uma outra situação que também pode acontecer é a falta de clareza quanto às informações: quando você descobre que o “tudo incluso” não é realmente tudo!
Informam que estaria disponível tal alimentação, mas você descobre que é só em um dos dias, que teria uma variedade de bebidas, mas que só uma está disponível.
Por fim, o último problema muito comum é a cobrança de taxas adicionais que não estavam descritas na hora da compra.
Você descobre que só teria acesso a uma pequena parte do All Inclusive e para acessar o restante, te cobram taxas e mais taxas.
Fato é: ou ocorreu uma propaganda enganosa ou faltaram informações relevantes na hora da compra.
O Código de Defesa do Consumidor veda a propaganda enganosa no seu artigo 37.
O CDC também garante como direito básico a todos os consumidores receber informação adequada e clara sobre os serviços, no artigo 6º, III.
Caso você se sinta enganado pela empresa, a primeira coisa que você deve fazer é registrar tudo.
Grave vídeos, tire fotos, prints, guarde comprovantes, anote todos os detalhes da situação no seu bloco de notas.
Dessa forma, você poderá fundamentar seu pedido de reparação de danos materiais pela falha na prestação do serviço e pedir indenização por dano moral pelo sofrimento que tiver experienciado.
E aí, já passou por algum problema com hotéis tudo “All Inclusive”?
A Grassi Mendes Advogados é especializada em demandas de direito do consumidor!
Caso precise de assistência jurídica é só clicar em “Fale com um Advogado”.
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